domingo, 2 de setembro de 2007

Workshop dia 2 de Setembro

Postado por Fabrício

Olá lindos! Como estão todos?

Bom, vou apenas iniciar o assunto para que possamos conversar e discutir melhor, e também para repassarmos para a Andressa, por meio de nossos comentários um poucomuito do como foi em todos sentidos o Workshop.

Comentários que eu anotei dos coleguinhas:

Eles se questionaram quanto o lance do agradecer ao concluir cada cena, “o que é isso?”; “é uma forma de Tramatizar o Teatral? o lance de ator mesmo, ou faz mesmo parte do Enredo do Espetáculo?

Falaram de “ginastas em academia”, ainda com os agradecimentos

O personagem da Maira foi bem comentado, no quesito “mercadoria”, “um corpo mercadoria: embalagem”, “a idéia de consumo”, tanto como o fato dela correr, correr, em círculo, só em círculo, como se não fosse para lugar algum

Descobrimos também que o Edu e o Flemming são um casal em cena, né, rs!
”casal homossexual”

Elogiaram a forma que os 2 interagem e aceitam os objetos que entram e sai de cena, o modo que os tratam

E também comentaram da quantidade de objetos, que poderia haver objetos específicos, e outros não, mas aí um outro disse que é legal a idéia de serem todos randômicos e indefinidos, que “no dia-a-dia mesmo, a gente passa por muitos objetos, e não usamos todos eles, e que poderia mesmo haver objetos que fiquem no ar, no significado”, comentaram também algo como “coisa efêmera da vida, que entra e sai”

Gostaram de lanterna, a forma que foi manuseada

Incrivelmente não falaram da musica arranhada, acho que acreditaram mesmo que foi de propósito, rs, tanto que a música deu tanto pico que até parou de rodar, rs

O melhor foi ter ouvido que a última cena, o caminhar, remeteu à um deles “a noite dos mortos vivos”

- - -

Bom, agora como experiência pessoal, foi muito significativo, engraçado que já nos tornamos um grande elenco, com muito de cada um, com muitas crises, conflitos (ainda bem), e estamos nos preocupando mesmo em usar só o melhor de nós mesmos, fiquei muito feliz de nos vermos como equipe, como coxia e como apresentação. E acreditem, ou melhor, vão ver o processo de sábado para vocês verem, estamos mesmo sendo "felizes".

Eu não gosto de ser muito claro e técnico nas coisas que falo, mas taí, acho que todos podem falar um pouco sobre hoje.

Para os que participaram das intervenções na Feirinha, e aos que não, também:
Vou publicar as fotos e o vídeo no YouTube para a gente, mas não sei quando receberei o material, mas seria legal que também falassem da PUTA EXPERIÊNCIA INEXPLICÁVEL que foi aquilo, haha!

O Ferro disse uma coisa muito legal, de marca, de como usar isso a favor, e podemos continuar a fazer estes por muito mais vezes!

Beijosbeijosbeijos!

5 comentários:

Anônimo disse...

Ás vezes é muito lento pra escrever... não sei o que acontece.
Gostei dos comentários que a gente ouviu, e que o Rafa resumiu tão bem. Os links com o fazer teatral como mercadoria, assim como a prostituta ou os ginastas. os agradecimentos de academia e as exigências de um mundo um tanto exigente. A sujeira da vida diária, cheia de coisas que não utilizamos. E isso porque mostramos só um pedacinho do que iríamos mostrar.
Ainda tem muito trabalho. Os textos tem que ficar mais sólidos. Precisa ter mais jogo entre os personagens. Os personagens precisam nascer. As cenas podem ficar mais limpas.
Vixe! Domingo que vem vai ter trabalho.

bjs em todos.

Humberto Alitto disse...

Desculpem minha invasão neste bate-papo no blog. É uma bela discussão. E sobre o lance de marca, ser um grupo reconhecido por performances de rua ou manifestações, tenho algumas questões. Alguém falou de Teatro X, ou pronuncia-se "Éxê" ? Se for "X", já existe um grupo decano com este nome. Então, a marca é algo a pensar com calma. Quanto as intervenções, existem muitas referências sobre o tema "street art" ou "street performance". Pesquisem isto no google. Ele sabe. Uma manifestação onde não se assinam nomes, sugere algo anonimato. O grafitte, por exemplo, tem muitos artistas geniais, reconhecemos pelo traço do desenho, cores e assinatura. Mas nunca vimos o cara fisicamente. É um tipo de arte do anonimato. Um grupo que faz manifestações e/ou intervenções ( que acho mais aplicável aqui ), é algo mais sério ainda. Envolve pessoas, público, instituições, comércio. Ou seja, onde for passarem e deixar "a marca", "a lembrança", pensem que terão de arcar com as consequências. Isto é, repercussão, aborrecimentos, audiência, etc. De qualquer forma, imagino que uma intervenção bem pensada, com um tema voltado pra arte, com performances, é algo lúdico e saudável. Ao invés de incomodar, pode agregar. E não deixa de ser um suporte para testar várias outras artes, trabalhar o corpo, a mente, recitar textos, etc ... Uau. Isto dá coisas legais. Marca é apenas um nome para referir uma empresa ou grupo ou patente ou ícones. Toda marca tem associado um conceito. E as melhores marcas tem as melhores definições e conceitos. Pensem nisto. Abração, HA.

Humberto Alitto disse...

Uma sugestão de manifestação para divulgação de alguma coisa, foi o lançamento do último disco da banda Nine Inch Nails. Veja o que o Trent Reznor andou fazendo pela internet, pelas ruas de várias capitais. E, principalmente, seus fãs. Foi algo como "marketing viral". Tinha algo concreto acontecendo nas ruas e a internet mandando atrás as pistas sobre o novo lançamento. Até criaram esquemas de senhas pra ouvir faixas restritas de músicas em telefones ou sites da vida. Isto é genial. Não me perguntem o sucesso de vendas dos discos ou músicas MP3. O mais importante foi a repercussão.

Anônimo disse...

Pensei como você na hora da bagunça, por isso até fiquei meio de lado. O que faltou pra mim foi um propósito claro para a manifestação, a mudança que estávamos procurando, eu pelo menos. Por outro lado foi interessante atrair a atenção das pessoas, não de uma forma egóica porque a atenção foi trazida pra gente, mas para mudar o cotidiano rotineiro das pessoas que vimos.
No ônibus por exemplo - que eu acabei tomando depois - as pessoas não entenderam nada, os comentários eram relacionados a um grupo de arruaceiros com pouco o que fazer.

Raffab disse...

é, seria algo a se pensar, e calcular também

acho que foi tudo muito brincadeira, ingênuo, partimos de ações que apenas cresceram

mas que para um repetir, já não mais valeria de nada, já teria que ser algo trabalhado, porque o lance de "agressividade" e de "incômodo" é muito visível e pode ser um perigo nas pessoas, quando é tratado de uma formula 100% "intuitiva", é gostoso de se fazer, mas já não seria mais cabível se nossa intenção fosse com estes, em seguida, chamar a'tenção de todos para nosso espetáculo

mas a intenção para essa primeira experiência, ficou bem clara pra mim, foi mesmo o gás de adrenalina, e olha que legal, já temos consciência agora que isso pode crescer, e se tornar bem mais positivo, tanto para nós, quanto para nosso "trabalho"